leram-me

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Que era é esta??

Talvez eu pertença mesmo a uma era diferente...talvez a minha afilhada tenha razão quando diz "Madrinha tu desculpa, mas estás a ficar velha..." (a propósito d as cuecas os calções de ganga que quer usar)... talvez eu esteja agarrada ao passado, que me agradava mais que este presente apressado, alheado, cego, surdo e mudo...solitário e tão...mas tão tecnológico! Talvez! Não digo que não... Contudo, custa-me ainda ver pessoas a partilhar mesas e refeições, sem se olharem, sem se tocarem, sem trocarem impressões sobre os seus dias...preferindo trocar likes, posts, fotos, selfies, sms, mms, twitts e afins até com quem nunca viram na vida. Não consigo entender esta obsessão de querer estar sempre ligado com o mundo inteiro...através de um computador.
Talvez eu esteja mesmo a ficar antiquada...mas é inevitável. Afinal eu sou da era em que quando conhecíamos as pessoas...conhecíamo-las de facto. Não falávamos com adultos a achar que estávamos a falar com adolescentes...não falávamos com homens a achar que eram mulheres e vice-versa...também nos enganávamos em relação às pessoas...mas isso era por causa do carácter (ou da falta dele) o que, por si só, é tema para outra conversa. Que tempo é este em que pais e filhos se rendem às tecnologias e a mesa de refeição é apenas mais um lugar, onde se trocam sms como se de uma maratona se tratasse? Que tempo é este em que os miúdos morrem de tédio em casa e se refugiam no computador, em conversas impróprias com quem nunca viram, em vídeos despropositados e registos minuciosos de todos os seus passos, em vez de saltarem para a rua e brincarem juntos? Que tempo é este em que as pessoas se sentam numa mesa de café...a dois...e sacam dos seus smartphones e abdicam do bem mais precioso que têm ao seu dispôr? Não me parecem tão smart assim...
O tempo não volta atrás, meus amigos...a vida passa rápido demais, para ser desperdiçada assim...em realidades virtuais!

1 comentário:

  1. É muito verdade, concordo e acho terrível como é que chegámos a isto, intriga-me que raio de sociedade estamos a formar.

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